quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Encontro com Deus

Eu escolho o amor

 

Silencio. É cedo. Meu café está quente. O céu ainda está escuro. O mundo ainda dorme. O dia começa a amanhecer.

            Dentro de alguns momentos o dia nascerá e começará a percorrer ruidosamente os trilhos, acompanhando o raiar do sol. O silencio da madrugada será trocado pelo barulho do dia. A calma da solidão será substituída pelos passos fortes da raça humana. O refugio da manhãzinha será invadido por decisões a serem tomadas e por prazos a serem cumpridos.

            Pelas próximas doze horas, estarei diante das exigências do dia. É neste momento que preciso fazer uma escolha. Graças ao calvário, sou livre para escolher. Portanto, eu escolho.

            Escolho o amor...

            Nenhuma ocasião justifica o ódio, nenhuma injustiça dá permissão para a amargura. Eu escolho o amor. Hoje amarei a Deus e o que Deus ama.

            Escolho a alegria...

            Convidarei meu Deus para ser o Deus da circunstância. Não cederei à tentação do ceticismo – a ferramenta do pensador preguiçoso. Não verei as pessoas como algo menos que seres humanos, criados por Deus. Não verei nenhum problema como algo que não seja uma oportunidade de ver Deus.

            Escolho a paz...

            Viverei o perdão. Perdoarei para que eu possa viver.

            Escolho a paciência...

            Não darei atenção às inconveniências do mundo, Em vez de amaldiçoar aquele que toma meu lugar, eu o convidarei a fazer isso. Em vez de reclamar que a espera é longa demais, rendarei graças a Deus por ter um momento para orar. Em vez de cerrar os punhos diante de novas tarefas, eu as enfrentarei com alegria e coragem.

            Escolho a amabilidade...

            Serei amável com os pobres, porque eles estão abandonados. Amável com os ricos, porque eles estão com medo. E amável com os rudes, porque é assim que Deus me trata.

            Escolho a bondade...

            Viverei sem dinheiro algum em vez de ganhar um real que seja de maneira desonesta. Passarei despercebido em vez de me vangloriar. Confessarei em vez de acusar. Escolho a bondade.

Escolho a fidelidade...

            Hoje cumprirei minhas promessas. Meus credores não se arrependerão de ter confiado em mim. Meus sócios não questionarão minha palavra. Minha mulher não duvidará de meu amor. E meus filhos nunca terão medo de que o pai não volte para casa.

            Escolho a mansidão...

            Nada é conquistado pela força. Escolho ser manso de coração. Se eu levantar a voz, será apenas em adoração a Deus. Se cerrar os punhos, será apenas em oração, Se fizer uma exigência, será apenas para mim mesmo.

Escolho o domínio próprio...

            Sou um ser espiritual. Depois que este corpo morrer, meu espírito subirá. Recuso-me a aceitar que aquilo que vai se deteriorar domine o que é eterno. Escolho o domínio próprio. Ficarei embriagado apenas de alegria. Ficarei apaixonado apenas por minha fé. Serei influenciado apenas por Deus. Aprenderei apenas com Cristo. Escolho o domínio próprio.

            Amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. É com isso que me comprometo hoje. Se for bem-sucedido, darei graças. Se falhar, buscarei a graça de Deus. E então, quando o dia terminar, repousarei a cabeça no travesseiro e descansarei.

 

Max Lucado