segunda-feira, 22 de março de 2010

NÓS SOMOS CRISTÃOS – I

 

"Em Antioquia os seguidores de Jesus foram, pela primeira vez, chamados de cristãos" (At 11:26).

 

Até então, havia vários adjetivos para nos qualificar – o povo do caminho, seita dos nazarenos (At 24:14).

Mas, hoje, a única definição correta para o que somos é: "Somos cristãos".

Esse termo define nosso rompimento com o passado.

Conecta-nos a uma nova aliança.

Respeitamos nossa herança histórica, as alianças feitas com Adão, Noé, Abraão, Davi.

Mas nós somos o povo da Nova Aliança no sangue de Jesus Cristo, pois Ele mesmo afirmou: "Esta é a NOVA Aliança no meu sangue".

Nós somos cristãos!

Celebramos a encarnação de Deus, o Verbo Vivo, que nasceu entre os homens em cumprimento da promessa a Adão. Semente da mulher.

Nascido em Belém, na plenitude dos tempos. Se em dezembro ou outro mês, pouco nos importa, porque dias e data "são sombras das coisas que deveriam vir".

Ele veio! Emanuel! Deus conosco! Celebramos seu nascimento! Jesus Cristo, Deus conosco!

Somos cristãos! Para nós, as celebrações judaicas fazem parte da história dos judeus.

Celebramos a Páscoa não como símbolo de "uma saída" com ervas amargas e pão sem fermento, mas celebramos a Páscoa como a vitória do Deus vivo sobre a morte: Cristo ressuscitou!

O Cordeiro morto está vivo, uma vez para sempre! Não precisamos de ervas amargas, pois a vida tornou-se doce para nós.

Há esperança. O nosso pão tem vida, Ele é o Pão da Vida.

Somos cristãos! Cremos na paz. Não aquela simbolizada pelo "shalom" hebraico, mas pelo Príncipe da Paz, que fez "nossa paz com Deus" mediante Sua morte na Cruz.

A paz perene que nos prometeu: "deixo-vos a minha paz, minha paz vos dou... não como o mundo a dá".

Somos cristãos. Oramos por Jerusalém, mas também pelo Rio de Janeiro, Roma, Nova Iorque... o mundo que Deus amou (Jo 3:16).

Somos cristãos! Nossa bandeira não contém uma estrela.

Nossa pátria não está no Oriente, nossa pátria está no céu!

Sim, temos uma bandeira: "sua bandeira sobre nós é o amor".

Bandeira manchada com o sangue inocente do Cordeiro imaculado.


PENSAMENTO
     "Quando a luta desta vida trabalhosa se findar, o adeus a este mundo vamos dar."


ORAÇÃO
     Senhor da Igreja, agradeço-Te pelas convicções que marcam minha vida. Dou-Te graças pela oportunidade de ser chamado cristão. Em nome de Jesus, amém!

 

LEITURA
     Mateus 20:17-34 – Números 15-16 – Eclesiastes 9:13–10:20

 

Pr.Lázaro Aguiar Valvassoura

E AS VIÚVAS?

 

"...ajudar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações" (Tg 1:27).

 

Há duas classes de pessoas que a Bíblia recomenda que sejam cuidadas pela Igreja: os órfãos e as viúvas (Tg 1:27).

Conheço dezenas de ministérios que cuidam de órfãos.

Admiro aqueles que gastam tempo e dinheiro para acolher estes que perderam seu arrimo.

Ao redor do mundo, milhares de instituições – quer religiosas, civis, governamentais ou grupos espontâneos de amigos ou vizinhos – organizam-se em creches, orfanatos, missões, escolas, abrigos, e um sem-número de propostas de soluções para acolher crianças indefesas diante da vida.

Entretanto, tenho encontrado pouco, ou quase nada, no que diz respeito ao cuidado das viúvas.

Conheço todo o fundamento bíblico quanto ao assunto.

Sei tudo quanto o Novo Testamento, especialmente a literatura paulina, ensina quanto às regras e cuidados que devemos tomar.

Mas o que de prático, na verdade, estamos fazendo para cuidar daquela que a Bíblia qualifica como "verdadeiramente viúva"?

Fazer uma estatística sobre o assunto não requer uma grande pesquisa.

Basta que você responda a uma simples questão: "Quando foi que você fez algo, ou lhe foi pedido que fizesse algo em favor de uma criança? Compare, no mesmo período, quantas vezes aconteceu o mesmo em relação a uma viúva...".

Ouvi, certa vez, uma irmã querida, que preenchia todos os requisitos da teologia paulina quanto às viúvas.

Serviu a Deus por mais de quarenta anos, quer como esposa de pastor ou através de outros ministérios para-eclesiásticos.

Falava-me dos seus sonhos e das suas dificuldades.

Ao deixar o meu gabinete, pensei: "O que estamos fazendo para socorrer pessoas como esta irmã?".

E as viúvas?


PENSAMENTO
     Quando ajudamos aos outros, abençoamos e somos abençoados. É um grande privilégio servir.


ORAÇÃO
     Senhor, que eu possa viver para servir aonde estiver e abençoe os órfãos e as viúvas que vou ajudar. Em nome de Jesus, amém!


LEITURA
     Mateus 20:1-16 – Números 13-14 – Eclesiastes 9:1-12

 

Pr.Lázaro Aguiar Valvassoura